"A partir da humilde receptividade ao carinho de todos, cresço e me torno o maior possível homem, por fim, me nivelo aos mesmos carinhosos, por sermos grandes iguais” (Fabio Bandeira)

sábado, 4 de junho de 2011

A Saúde à beira da falência.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou relatório anual com dados sobre a saúde no mundo, entre eles os investimentos no setor por país.
 
 
Lamentavelmente, a despeito de possuir, em teoria, um modelo vanguardista, o Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil fez papel vergonhoso.
 
Entre as 192 nações avaliadas, ocupou a medíocre 151º posição.
 
Só para ter uma idéia da gravidade da situação, aqui, a parcela do orçamento reservada à saúde é de 6%.
 
A média africana, região extremamente mais pobre e com incontáveis problemas sociais, é de 9,6%.
 
Fato é que, em termos de financiamento, o Brasil está muito distante de países em que o acesso à saúde é, na prática, universal, integral, um direito de todos os cidadãos.
 
No Reino Unido, 86% são de recursos públicos.
 
Na Suécia, investe-se 85%.
 
Na Dinamarca, Alemanha e França as destinações são, respectivamente, de 83%,76% e 75%.
 
Óbvio que temos que nos indignar, além de nos preocupar e alarmar, ao ver que ficamos somente à frente de nações como Angola, Paquistão e outras de menor expressão no mapa geopolítico-econômico do planeta.
 
Um país que nos dias de hoje vai firmando-se realmente como emergente, especialmente no que tange à solidez de suas finanças, não pode jamais ostentar índice tão insignificante num indicador de respeito e compromisso social, como a saúde.
 
Não vale aqui jogar pedra em uns ou em outros, pois historicamente já perdemos tempo demais com isso.
 
Certo é que existem soluções para o problema; uma delas passa pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, e a conseqüente definição legal de quanto municípios, estados e Governo Federal devem aplicar no setor.
 
Com a regulação da EC 29, também serão estabelecidos quais podem ser considerados investimentos em saúde, impedindo assim desvios e o não-comprometimento orçamentário.
 
Parada há uma década no Congresso Nacional, a Emenda 29 parece não ter inimigos.
 
Todos os partidos e políticos a defendem, assim como 100% dos agentes da saúde.
 
No entanto, nunca é votada.
 
Temos então de descobrir quais são os opositores ocultos de sua regulação e denunciá-los publicamente para as devidas providências.
 
São pessoas que contribuem para a discriminação social.
 
Cabe aqui uma chamada à responsabilidade aos mandatários dos três níveis.
 
É hora de assumir uma postura cívica e mostrar a que vieram, liberando imediatamente suas bancadas para aprovar a Emenda 29.
 
O Brasil não pode mais esperar, nossa saúde está na UTI e o prognóstico é sombrio.

 
 
Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e diretor da Escola Paulista de Medicina/Unifesp
 
 
FONTE: Correio Mariliense.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Estado de São Paulo vai dar R$ 5 milhões para premiar os melhores postos de saúde do Estado.

Unidades que se destacarem no atendimento à população pelo SUS também receberão selo de qualidade da Secretaria


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vai pagar um prêmio de R$ 5 milhões para os 100 melhores postos de saúde do Estado.

As unidades que se destacarem no bom atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) também irão receber um selo de qualidade.

O prêmio “Boas Práticas em Atenção Básica” é um reconhecimento do esforço realizado pelas equipes que atuam no atendimento primário em saúde nos municípios, que pode solucionar cerca de 80% dos problemas de saúde da população.

Os quesitos a serem avaliados abrangem a adequação das unidades aos modelos hoje preconizados pelo Ministério da Saúde, o acolhimento dos usuários, registro adequado das consultas e acompanhamento dos pacientes encaminhados a outros serviços de saúde, como hospitais e ambulatórios, por exemplo.

Poderão participar da premiação os municípios paulistas que manifestarem interesse.

Cada cidade deve acionar a Comissão Regional de Avaliação da Secretaria, que visitará a unidade básica. Os resultados individuais de cada unidade serão de conhecimento apenas do próprio gestor municipal.

O prêmio, R$ 50 mil para cada unidade, deverá ser usado para apoio e melhoria dos serviços.

O posto receberá também uma placa como reconhecimento do esforço daquela equipe e compromisso com a melhoria do cuidado da população de seu território.

“A Atenção Básica é a porta de entrada do SUS. Por isso São Paulo quer estimular e reforçar a qualidade em todo o sistema, em benefício dos pacientes que são atendidos na rede pública” afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.
 
postado por: ACS BIO